No período após
o término do curso científico no Arquidiocesano, a fase era dos vestibulares.
Em janeiro de
1959, sem cursinho preparatório, fiz vestibular em Curitiba, atendendo aos
anseios de meus pais. Por pouco, não ingressei na faculdade de medicina da
Universidade Federal do Paraná.
Antes, entre 1957/1958,
cursei o Centro Preparatório de Oficiais da Reserva – CPOR – juntamente com o
2º e o 3º Científico, conforme já relatei em outra crônica, na área da Saúde.
Nessa época, a
vida era muito agitada, e meus pais resolveram ir morar perto do colégio, na
rua Tenente Gomes Ribeiro, a primeira travessa da rua Pedro de Toledo, que
começa defronte ao Arqui. Assim, facilitava minha vida estudantil e militar.
Deixando de
lado esse período, hoje, após todos esses anos, morando em Santo André, sempre
que vou a São Paulo, e tenho ido muito, a maioria das vezes passo pelo colégio,
indo pela rua Loefgreen, e vejo a beleza das instalações esportivas do mesmo.
Já no meu tempo eram boas, agora então...!
Numa dessas
rápidas viagens, lembrei-me de um fato interessante, que contando para a Iara,
ao meu lado, ela gostou muito, achando que deveria eu relatá-lo, em um de meus
textos.
Bem próximo ao
colégio, na rua Domingos de Morais, havia o bar de propriedade de um árabe.
Como o estabelecimento, era ele uma pessoa muito simples. Todavia, fazia uns
produtos de sua terra, de qualidade ótima. Kibes e esfihas muito gostosas! E
outros pratos. Quando meus pais estavam fora, coisa muito comum, ora em Santos,
ora em Poços de Caldas, ia eu lá fazer minhas refeições. Daí, surgiu a amizade
com o “Turco”, como o chamava. Certa ocasião, o encontrei não muito bem de
saúde, sei lá se uma gripe, ou qualquer outro incômodo. Como ele sabia que eu
estava cursando a área de saúde no Exército, e necessitando tomar uma injeção,
solicitou-me que a aplicasse. Nunca havia eu feito esse procedimento em minha
vida, apesar da noção do mesmo, uma vez que tínhamos aprendido a, teoricamente,
executá-la. Baixou as calças, e lá fui eu...! Felizmente, deu tudo certo.
Injusto não
registrar, também, a pensão do Galo, na Loefgreen, onde era costume almoçar,
naquela época. Além da comida, muito boa, tinha ele umas filhas igualmente bem
bonitas e atraentes! E loucas para fisgar um estudante...!
Entretanto, eu
era muito tímido!
Autor: José Bueno Lima - Santo André/SP
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