GRÃO-MOGOL é uma encantadora cidade do norte de Minas Gerais em razão de suas belezas naturais e de sua arquitetura colonial. Situada numa das abas da Serra do Espinhaço (ou Serra Geral ou da Bocaína), cortada pelo Rio Itacambiruçu e vários outros cursos de água. Sua arquitetura em pedra lhe confere um ar bucólico e original. A cidade é pequena mas conta com várias pousadas e tem um bom hotel (Paraíso das Águas). Merece destaque o Parque Estadual de Grão-Mogol com sua rica biodiversidade e trilhas instigantes. O revelo é montanhoso e a vegetação é típica do cerrado de altitude, aonde se encontra o Pequizeiro, a Mangaba, Cagaita e outras fruta, além de diminutas e lindas espécies de orquídeas. Quanto à fauna, é possível encontrar lobo-guará, tamanduá bandeira, tatú canastra e macaco sauá, entre outros. Do ponto de vista histórico a cidade teve seu desenvolvimento ligado à mineração, pois é berço de cobiçados diamantes e teve suas cercanias revolvidas por garimpeiros de todas as origens desde 1768 quando chegou à Diamantina/MG, a notícia de que tinham achado diamantes naquelas serras. Conta-se que o famoso contratador JOÃO FERNANDES DE OLIVEIRA, marido de CHICA DA SILVA, esteve nesses idos na região à procura de pedras preciosas e que a região se tornou palco de sangrentos conflitos pela posses de terras e veios minerais, havendo a Coroa Portuguesa reprimido os rebeldes e desaforados com a construção de vários quartéis na região, que ficou conhecida como Chapada dos Quartéis e vários toponimos da região demonstram isso, tais como o Ribeirão do Inferno e o Córrego das Mortes. Dada sua riqueza biológica, a cidade foi visitada pelos naturalistas SPIX MARTIUS e SAINT HILARIE, no começo do século XIX. No próximo comentário falarei sobre o Barão de Grão Mogol e de sua famosa trilha.
segunda-feira, 25 de dezembro de 2017
sábado, 9 de dezembro de 2017
VIAGEM LITERÁRIA/FOTOS SALINAS-MG
Amigos GANDAVOS, essa minha viagem, cujas fotos nosso editor vem postando, tem objetivo bem mais amplo que o turismo puro e simples. Trata-se, na verdade, de um roteiro literário pelos SERTÕES retratados nos livros "OS SERTÕES", de EUCLIDES DA CUNHA e "GRANDE SERTÃO: Veredas", de JOÃO GUIMARÃES ROSA. Livros bem diferentes um do outro, guardam apenas a similaridade do espaço geográfico de dois sertões deste Brasil, ambos bem diferentes um do outro. O sertão, pano de fundo da GUERRA DE CANUDOS, noticiada por CUNHA é seco, cinza e muito hostil aos seus viventes e, principalmente, aos forasteiros. O sertão rosiano, ao contrário, é verde, chuvoso, mesmo assim não entrega facilidades. Nos dois, os homens lutam a vida diária com todas suas dificuldades e filosofias. Há muito venho escrevinhando um texto de quinta categoria intitulado "OS JAGUNÇOS ESQUECIDOS DO LISO DO SUSSUARÃO", inspirado em GRANDE SERTÃO: Veredas. Espero que esta viagem possa resultar em ideias para concluí-lo. E, se assim for da vontade de Deus e superadas minhas limitações, me lançarei à empreitada de escrever sobre Canudos. Ou seja, ainda vou comer, literalmente, muita poeira.
De férias, viajar de carro é sempre uma ótima opção. Pensando assim o nosso querido amigo e parceiro nas publicações de livros da Coleção Gandavos, Augusto Sampaio Angelim, está a gozar da autonomia de seguir roteiro da forma que melhor lhe agrada: Viajar de carro.
Augusto nos enviou algumas fotos de Salinas/MG.
Salinas compõe com outros municípios da região o Alto Rio Pardo. O município é conhecido pela qualidade do requeijão e da carne de sol, pelas tradições, pelo folclore e pela produção agropecuária. Mas nada lhe dá mais notoriedade do que as suas famosas cachaças. Atualmente, o município é o mais importante polo nacional de produção de cachaça de alambique com mais de 50 marcas e produção anual que gira em torno de quatro milhões de litros.
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